Adelto Gonçalves (*)
Para aqueles que ainda questionam a miscigenação que caracterizou a formação das elites brasileiras, a leitura do ensaio “Pérolas negras: mulheres livres de cor no Distrito Diamantino”, da historiadora Júnia Ferreira Furtado, é uma contribuição definitiva para afastar quaisquer dúvidas. É claro que a análise da historiadora refere-se a uma determinada região da capitania de Minas Gerais, mas é um microcosmo da América portuguesa.
O ensaio, que faz parte do livro Diálogos Oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império Ultramarino Português (Belo Horizonte, Editora UFMG, 2001), organizado pela autora, mostra que a falta de mulheres, principalmente brancas, fez generalizar a prática do concubinato, geralmente estabelecido entre homens brancos e livres e mulheres de cor, escravas ou forras.
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