EM 2005 EM USD 20.9 MILHÕES FACE AO VOLUME DO ANO ANTERIOR
FILIMÃO SAVECA
A exportação do camarão de produção nacional reduziu, em 2005, em cerca de 20.9 milhões de dólares norte-americanos, face ao volume atingido no ano anterior devido à concorrência daquele marisco de origem chinesa que foi colocado no mercado externo em cerca de 50% abaixo do preço praticado pelos restantes países exportadores do camarão.
Contribuiu também para aquele cenário o fraco nível de captura do marisco decorrente da exaustão deste produto nas águas territoriais moçambicanas devido à sua maior procura que se regista ultimamente, de acordo com resultados de uma pesquisa acabados de ser divulgados, em Maputo, pela KPMG sobre as 100 maiores empresas.
Contudo, em 2005, notórias foram as exportações do alumínio e gás natural que registaram o peso de 58% e seis pontos percentuais, respectivamente, do universo das exportações conseguidas, o que contribuiu para se atingir o volume de 105.5 milhões de dólares norte-americanos para o alumínio e USD 68.9 milhões para o gás natural, de acordo ainda com o documento daquela firma de capital realizado por moçambicanos e expatriados.
Holanda é o principal mercado para onde é colocado quase na sua totalidade o alumínio produzido pela Mozal, seguida pela África do Sul, Malawi e Portugal.
Importações
Do lado das importações, os combustíveis, cereais, automóveis e os bens de capital foram os produtos, que mais contribuíram, em 2005, para o crescimento do volume registado com os combustíveis a registar um incremento de 37.4 milhões de dólares, contra USD 26 milhões de crescimento registado na importação dos cereais e 29.5 milhões de dólares desembolsados a mais na aquisição de automóveis no mercado externo.
Por seu turno, a importação de bens de capital acarretou despesas avaliadas em mais 36 milhões de dólares norte-americanos, face a gastos ocorridos em 2004.
África do Sul, Holanda, Portugal, Estados Unidos da América (EUA) e Índia foram os países de origem dos produtos importados por Moçambique em 2005.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 21.12.2006