O Congresso Nacional Africano (ANC) anunciou, ontem, a expulsão do chefe da bancada parlamentar do partido no poder, Mbulelo Goniwe, por assédio sexual a uma funcionária.
O ANC, que detém uma vasta maioria parlamentar, levantou um processo disciplinar a Goniwe depois de a funcionária administrativa Nomawele Njongo, de 21 anos de idade, se ter queixado de que o chefe da bancada parlamentar e seu superior hierárquico lhe teria feito propostas indecorosas depois de o ter ajudado a servir um jantar para o qual Goniwe tinha convidado vários amigos e conhecidos.
Quando a funcionária se recusou a satisfazer as exigências de Goniwe, este ter-lhe-ia perguntado em tom de ameaça: `Pensei que eras uma verdadeira rapariga de etnia xhoza. Como é que és capaz de dizer não ao chefe da bancada parlamentar como se ele fosse um tipo qualquer?´. No processo disciplinar, o ANC refere que Goniwe foi considerado culpado de duas acusações e absolvido de uma terceira por falta de provas.
Segundo o professor Kader Asmal, que conduziu o processo disciplinar, Mbulelo Goniwe perde de imediato o seu lugar de líder da bancada parlamentar, o assento no parlamento, além de ser impedido de concorrer a cargos públicos ou de representar o ANC nos próximos três anos.
O anterior chefe da bancada parlamentar do partido no poder, Tony Yengeni, está neste momento a cumprir uma pena de prisão depois de ter sido condenado por fraude, ao não declarar um `favor´ recebido da construtora automóvel Daimler-Chrysler na forma de um desconto anormalmente grande numa viatura de luxo todo-o-terreno.
IMENSIS - 15.12.2006