- refere o Dr. Mamudo Ismael, director adjunto da Faculdade de Medicina da UEM
“Devido à hipertensão arterial, em Moçambique, por cada cem mil pessoas, a taxa de mortalidade é de 300 a 500 pessoas. Uma em cada 4 pessoas, sofre de hipertensão arterial”
Maputo (Canal de Moçambique) – Muitos diabéticos e pacientes de hipertensão arterial crónica não seguem a medicação hospitalar que lhes é prescrita, o que contribui para a ocorrência de muitos óbitos no país, refere Mamudo Ismail, director adjunto da Faculdade de Medicina da UEM (Universidade Eduardo Mondlane) em entrevista concedida ao «Canal de Moçambique».
Segundo Mamudo, aqueles doentes optam pelo recurso a curandeiros e, quando optam ou retornam ao tratamento hospital, em muitos casos, já é tarde demais.
“A hipertensão arterial é a principal causa da trombose e é uma doença que mata porque provoca danos ao coração. E tal como a diabetes, a hipertensão arterial é uma doença crónica e não possui cura. Apenas pode ser tratada para melhorar a qualidade de vida do doente. Que ninguém pense que pode ficar curado. Infelizmente o nosso povo alimenta muitas esperanças de poder ser curável. Vai aos curandeiros e deixa de seguir a toma dos medicamentos receitados nos hospitais”.
“Esta doença não tem cura e mata”, realça Mamudo Ismail.
Segundo ele “a hipertensão arterial é a principal causa da trombose porque o sangue vai aos vasos com uma pressão muito alta e, às vezes, favorece a sua ruptura por não suportar a pressão do sangue”.
“A hipertensão arterial, tal como a diabetes, é uma doença crónica e ninguém pense que tendo-a pode ficar curado”. “Infelizmente, o nosso povo alimenta muita esperança de pode ser curável. Vai aos curandeiros e deixa os medicamentos receitados nos hospitais”, porém, “isso é mentira”, disse e acrescentou Mamudo Ismail, recomendado que haja muito cuidado porque “a hipertensão arterial é uma doença que mata”. “Mata porque provoca danos no coração. Este fica grande e mais tarde deixa de funcionar como deve ser”, refere o interlocutor do «Canal de Moçambique».
Ainda de acordo com a mesma fonte “devido à hipertensão arterial, em Moçambique, por cada cem mil pessoas, a taxa de mortalidade é de 300 a 500 pessoas”.
“Uma em cada 4 pessoas, sofre de hipertensão arterial”.
“Apenas existem algumas medidas preventivas contra o aumento brusco dos efeitos da doença e essas medidas passam necessariamente por diminuir o consumo excessivo de sal, banir o cigarro, evitar o consumo excessivo do café, porque tudo isso aumenta a tensão arterial.”
“Recomenda-se, por exemplo para os obesos, a prática de exercícios físicos porque com esta medida a pessoa consegue reduzir a tensão e isto é mais eficiente do que um tratamento longo”, acrescentou.
(Emildo Sambo) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 28.12.206