A Primeira Dama, Maria da Luz Guebuza instruiu a população da província de Nampula para produzir a Jatropha em terras marginais por forma a não prejudicar as culturas de rendimentos e alimentares. Maria Guebuza reagia ao facto de alguns agricultores associados daquele ponto de Moçambique cultivarem a Jatropha em terras férteis, considerando-as marginais embora não tenha havido nenhuma prospecção para provar tal facto.
Maputo, Quarta-Feira, 13 de Dezembro de 2006:: Notícias
A primeira dama estava a efectuar desde a semana passada uma visita de trabalho a Nampula.
A Associação de Mulheres Agricultoras de Natire, no distrito de Angoche, é um desses exemplos que já produziu uma parte dos 122 mil hectares cedidos pelo Ministério da Agricultura para o efeito.
"É preciso plantar a Jatropha, sem prejuízo das terras para a produção agrícola. A Jatropha pode crescer e desenvolver-se muito bem em terras marginais", aconselhou ela.
O fomento da cultura da Jatropha é a grande aposta do Governo para a produção de biodiesel, como forma de aliviar o país dos elevados preços de combustíveis verificados no mercado internacional que acabam encarecendo a vida dos moçambicanos.
Nampula já produziu 1628 mil plantas de Jatropha. O distrito de Angoche já preparou 20 hectares para o plantio, tendo produzido 18 mil mudas.
Enquanto isso, Nacala-Porto possui um viveiro de Jatropha com seis mil plantas.
O cultivo da Jatropha está em curso em todo o país e quase todos os distritos estão empenhados nesta produção, tendo viveiros de plantas de Jatropha em quantidades consideráveis, segundo informações do sector da Agricultura.
No entanto, o cultivo da Jatropha não seguiu nenhuma técnica, facto que poderá afectar a qualidade do produto e, consequentemente, a quantidade de óleo produzido.
Por outro lado, levanta-se a questão desta planta ser tóxica, mesmo apesar de poder ser cultivada em solos pobres, continua a exigir alguns cuidados.
O Ministério da Agricultura prefere iniciar ainda este mês com um estudo para avaliar a viabilidade, em termos de rentabilidade do produto, capacidade de produção do país, bem como a possibilidade de o país desenvolver ou incrementar outras variedades de Jatropha, que não sejam tóxicas.De referir que a cultura da Jatropha foi proibida em Moçambique pelo Governo colonial, por se tratar de uma planta venenosa. O país ficou independente em 1975. (AIM)