Maputo - Três milhões de crianças moçambicanas em idade escolar, a partir dos seis anos, estão fora do ensino formal, afirmou terça-feira em Maputo a directora nacional de Educação Geral de Moçambique, Cristina Tomo. Visando a busca de soluções para o problema, o Governo moçambicano encontra-se reunido desde segunda-feira, em Maputo, com organizações não-governamentais que operam no país.
Falando aos jornalistas à margem do encontro com os parceiros de cooperação, a directora nacional de Educação Geral afirmou que as raparigas constituem o principal grupo que não tem acesso à educação formal em Moçambique. Cristina Tomo apontou Maputo como o único ponto do país que tem estado a registar grandes avanços no acesso ao ensino, enquanto as outras regiões continuam atrasadas nesse objectivo. Tomo enfatizou que, além de ser uma preocupação nacional, o alargamento do ensino a mais faixas da população constitui também um compromisso internacional que o Governo assumiu, ao subscrever a Convenção das Nações Unidas sobre a Educação para Todos. A rede de ensino moçambicana, sobretudo a das zonas rurais, foi destruída durante a guerra civil que afectou o país (1975-1992), enquanto a população em idade escolar continuou a aumentar.
LUSA - 13.12.2006