Um anúncio de emprego, terça-feira, publicado no jornal de maior circulação em Moçambique por uma empresa portuguesa não identificada está a ser alvo de suspeitas das autoridades nacionais, que admitem tratar-se de uma falsa oferta de trabalho.
`A avaliar pelo trabalho que a empresa diz que faz e pelas vias que utiliza para o anúncio, que não são claras, estou em crer que esta firma é fictícia´, disse Rogério Mendowaze, do Ministério do Trabalho.
No anúncio - `Empresa portuguesa necessita para trabalhos em Portugal´ - pedem-se `soldadores certificados´, `tubistas´ e `preparadores de trabalho de metalomecânica´, oferecendo-se `vencimentos de acordo com experiência demonstrada´ e `ajuda na legalização´. Na mesma oferta, é pedido que os interessados enviem ´currículos detalhados´ para um apartado em Estarreja.
Rogério Mendowaze salientou ainda que as empresas que pretendam recrutar mão-de-obra em Moçambique necessitam de autorização do Ministério do Trabalho, que afirma desconhecer a empresa em causa. Em Dezembro do ano passado o Ministério do Trabalho moçambicano publicou um alerta face a um anúncio publicado no mesmo jornal - o `Notícias´.
O anúncio, publicado em Julho pela empresa `Caledonian Offshore´, que se apresentava como uma sociedade canadiana, oferecia cinco mil postos de trabalho para a indústria do petróleo e gás natural, prometendo aos candidatos salários de 20 a 50 dólares por hora, bem como alojamento, alimentação, segurança social e pensões. Entretanto, apurou-se que a empresa tem sede no Panamá e tem cadastro de burlas a desempregados em vários países.
Para processar a candidatura, a empresa exigia o pagamento de 189 dólares, adiantamento que desaparecia, juntamente com o posto de trabalho fictício...
LUSA - 2401.2007