Chimoio, Moçambique - Um estudante finalista da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior do país, encontra-se detido desde a semana passada em Chimoio (centro) por desvio e venda de exames de admissão a este estabelecimento de ensino, foi terça-feira divulgado. Heitor Guerra, aluno do 5º ano na Faculdade de Engenharia Química terá tentado vender cópias dos exames de Matemática e Física de acesso à UEM, provas que recentemente tiveram lugar a nível nacional e que antecedem o reinício do ano lectivo, em Fevereiro. Exemplares dos exames foram posteriormente detectados à venda no mercado negro em Chimoio, capital da província de Manica, por 5.500 meticais (161 euros). Na penitenciária agrícola "Cabeça de Velho" encontra-se detido outro jovem, Ibraimo Amirana, por ter alegadamente comprado e tentado revender o exame a candidatos ao ingresso na UEM, a mais antiga instituição pública de ensino superior em Moçambique. Invocando o "segredo de justiça", João Enoque Mabjaia, o juiz responsável pela acção judicial que envolve dos dois detidos, salientou que o processo se encontra em fase instrutória e que estão em curso diligências para provar a inocência ou culpabilidade dos arguidos.
O magistrado admitiu, no entanto, que mais pessoas venham a ser incriminadas no âmbito das investigações, cujo desfecho poderá ditar a anulação dos exames nestas disciplinas.
LUSA - 31.01.2007