Maputo - O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português participa segunda e terça-feira no seminário internacional sobre gestão do património mundial da Ilha de Moçambique, disse terça-feira à Lusa fonte governamental em Lisboa. João Gomes Cravinho estará em Moçambique entre domingo e quarta-feira próximos. O seminário, que pretende fortalecer a coordenação entre os diversos parceiros internacionais na gestão do património edificado na Ilha de Moçambique, património cultural mundial classificado pela UNESCO, desde 1991, decorrerá segunda e terça-feira na Ilha de Moçambique. Portugal, disse à Lusa fonte governamental moçambicana, vai colaborar com Moçambique na elaboração de um plano de acção para a ilha património mundial, a ser apresentado durante o seminário internacional. Ao abrigo da cooperação com Moçambique, o governo de Portugal e do Japão financiaram, recentemente, em mais de um milhão de euros a reabilitação e conservação da Fortaleza de São Sebastião, um dos monumentos mais importantes da Ilha de Moçambique. Durante o encontro, será igualmente apresentada uma proposta de fundo comum para a gestão do património mundial da Ilha de Moçambique, que inclui a manutenção da Fortaleza de Casa Girassol, naquele local. A coordenadora do evento, Solange Macamo, confirmou terça-feira à Lusa que, na sequência da aprovação, pelo Conselho de Ministro, do Estatuto Específico e a criação do Gabinete de Conservação de Ilha de Moçambique, o executivo moçambicano está a levar a cabo várias actividades de restauro daquele património, que conta com o apoio de vários parceiros, incluindo Portugal. "Portugal está, juntamente, com outros parceiros a apoiar na manutenção da Ilha de Moçambique", assegurou Solange Macamo, destacando o compromisso assumido, ano passado, entre os governos de Portugal e Moçambique nesse sentido. "No encontro realizado no ano passado, em Portugal, ficou acordado que se criaria uma comissão dedicada à elaboração de um plano de acção com prioridades para as diversas intervenções", disse.
LUSA - 31.01.2007