“NÃO existe solidariedade numa competição política. Quem quiser chegar ao poder terá de trabalhar para tal e provar que é uma alternativa de governação. Numa democracia, quando não há alternância na governação, a democracia fica fragilizada porque é preciso que haja mudanças, quer para o pior, quer para o melhor. Quando é para o pior, por vezes, é melhor porque nos ajuda a corrigir o que está errado”. Esta uma das ideias fortes defendidas pelo analista político Carlos Jeque, numa longa entrevista que nos foi concedida em Dezembro passado. Carlos Jeque desfaz os receios do retorno do país a um regime monopartidário e garante que o país está politicamente saudável.
Maputo, Segunda-Feira, 29 de Janeiro de 2007:: Notícias
Carlos Maria Jeque, político independente, concorreu para as presidenciais de 1994 e para a liderança do município de Maputo em 2003. Perdeu as duas eleições mas nem por isso “desapareceu” da arena política nacional. Deixou a política activa e “confinou-se” na área de análises. Nesta “capa” apareceu, vezes sem conta, na rádio, nos jornais e na televisão, a ajudar os moçambicanos a perceberem os fenómenos políticos-sociais que o país vai conhecendo ao longo dos anos. Foi com este propósito que o “Notícias” o abordou para analisar o ano político de 2006, particularmente o desempenho das duas maiores forças políticas – a Frelimo e a Renamo. Para Carlos Jeque os últimos doze meses foram de uma actividade política intensa, particularmente para o partido no poder.
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