ADELINO BUQUE
O discurso de combate à pobreza em Moçambique parece estar virado a uma população específica e não à sociedade moçambicana no seu todo.
Isto, quanto a mim, é um mau começo, má percepção, se quisermos, sobre a pobreza, o que significa não poder combater, porque nada se combate sem clareza do que é como combater!
O discurso de combate à pobreza é eminentemente dos políticos; me parece que só eles detêm o exclusivo deste combate, são eles que, vezes sem conta, aparecem a dizer que “o nosso povo precisa deste ou daquele acto para combater a pobreza”.
Neste discurso, supõe-se que o dirigente já ultrapassou a fasquia dos considerados pobres, portanto, ele já não é pobre, mesmo que a sua origem social assim o aponte, mesmo que, na véspera da sua nomeação, fosse um residente de uma dependência em casa de dono, dia seguinte ele aparece como timoneiro no combate à pobreza.
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