CERCA de seis mil trabalhadores ficaram sem emprego na província de Inhambane em consequência da destruição das unidades da indústria hoteleira e comércio onde prestavam serviços, devido à passagem do ciclone tropical Fávio. Números oficiais referem-se à destruição de um total de quarenta e duas estâncias turísticas na província de Inhambane, vinte e cinco das quais em Vilankulo, doze em Inhassoro e cinco em Massinga.
Maputo, Quarta-Feira, 28 de Fevereiro de 2007:: Notícias
Estima-se em quatro a doze meses o tempo necessário para a normalização da actividade turística em Inhambane, concretamente nos distritos de Vilankulo e Inhassoro.
De acordo com Fernando Sumbana, Ministro do Turismo, que visitou parte dos empreendimentos afectados, a recuperação das infra-estruturas não vai terminar ao mesmo tempo, uma vez que umas sofreram mais do que as outras, razão por que a retomada da actividade será igualmente gradual.
Sumbana disse que o Governo vai continuar a estimular os operadores turísticos a dar continuidade dos seus projectos de investimento naquela região. No entanto, o ministro disse não haver ainda um plano concreto de apoio aos operadores afectados pela passagem do ciclone, os quais manifestaram disposição de beneficiar pelo menos de uma isenção de alguns dos impostos, enquanto durar o processo de recuperação dos seus empreendimentos.
Além de afectar o sector do turismo o ciclone Fávio deitou abaixo variedades diversas de culturas numa área estimada em 20800 hectares, deixando 102500 pessoas em situação de necessitados. O Governo precisa de cerca de 891,5 toneladas de alimentos para suprir as necessidades nos próximos tempos. Paralelamente, a província de Inhambane vai trabalhar na angariação de 4.351.500 meticais para a aquisição de dezoito mil toneladas de sementes diversas para ajudar os camponeses afectados.
A vila de Vilankulo continua sem energia eléctrica e com restrições no abastecimento de água. Igualmente, não tem emissões de rádio e televisão, entre vários outros problemas que tornam difícil o normal funcionamento das instituições públicas e privadas.