“A África recebe mais dinheiro do que aquele que paga. Pode-se constatar que a imagem que fica é de um continente-mendigo que vive a custa da comunidade internacional e de doadores bondosos – que, aliás, mesmo nas maiores emergências humanitárias vão doando cada vez menos à medida que os anos passam”, esta é a ideia não menos generalizada daquilo que constitui a realidade que se vive no continente africano hoje.
Após uma análise fria dos números, os 30 Investigadores do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, concluíram que a África reembolsa mais dinheiro a título de serviço da dívida do que aquele que recebe a nível de ajuda pública. O serviço da dívida, em termos de capitais e juros, contribui, juntamente com a fuga de capitais, para aumentar a riqueza dos países credores, enquanto a ajuda e os investimentos dos países ocidentais diminuem devido ao “rigor orçamental” e à fraca capacidade de atracção que o subcontinente exerce sobre os investidores privados.
Se é verdade que assistimos ao renascimento do seu interesse geoestratégico, os subsídios concedidos aos produtores do Norte impedem-no de valorizar as suas exportações e, nomeadamente, de desenvolver as suas produções agrícolas. A questão que fica é da eficácia desta ajuda financeira no que toca a melhorar as condições de vida dos mais desfavorecidos.
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