Os ministros do Turismo de Moçambique, África do Sul e Suazilândia reuniram-se, ontem, na Capital, para delinear acções preparativas do Mundial de 2010, que são parte integrante de acções visando promover o desenvolvimento do turismo na região.
O encontro realiza-se numa altura em que sete em cada dez habitantes de Joanesburgo, principal sede do Campeonato Mundial de 2010 a realizar na África do Sul, não acreditam que o país se consiga preparar para receber a competição nos prazos exigidos pela Federação Internacional de Futebol Amador, FIFA, segundo uma sondagem efectuada pelo diário vespertino The Star, jornal de maior expansão daquele país.
O titular da pasta de Turismo de Moçambique, Fernando Sumbana, disse, em exclusivo à margem da
reunião trilateral ministerial sobre a área transfronteiriça dos Libombos, ao A TribunaFax, que da capacidade que a África do Sul tem neste momento, para acolher o Mundial de 2010, está com um défice de cerca de 36 mil camas, e, segundo afirmou, essas camas devem ser encontradas em
Moçambique, Suazilândia, Botswana e Lesotho que são os países mais próximos da RSA.
Segundo Sumbana, a acção principal, neste momento, é desenvolver acções conjugadas no sentido de promover mais investimentos para a região. “Há uma série de acções que estamos a desenvolver no que diz respeito às áreas de conservação transfronteiriça do Libombo que envolve Moçambique, África do Sul e Suazilândia, mas sentimos como prioridade número um por causa dos desafios, sobretudo os
de 2010, trabalharmos em conjunto no sentido de mobilizarmos mais investimentos para a região”.
Acrescentou que “também chegamos à conclusão de que devemos trabalhar com companhias aéreas para garantir que nos países vizinhos haja mais movimentos de voos para a Africa do Sul, concretamente nos pontos onde se estiver a realizar jogos”.
Prosseguindo, a fonte afirmou que “temos acções em termos do desenvolvimento e preservação de ecossistemas e uma série de programas comunitários que vão ser levados a cabo nos três países”.
Sumbana revelou à reportagem do A TribunaFax, que no encontro foi acordado que nos meados do ano corrente os titulares dos pelouros das Obras Públicas, Turismo e Transporte dos três países vão se reunir para encontrar soluções porque “não podemos continuar a dizer que não há dinheiro para resolver o problema dessas infra-estruturas, porque há um grande défice das mesmas, sobretudo em Moçambique e Suazilândia”.
“Cá em Moçambique, por exemplo, temos uma estrada para a Ponta D’Ouro que tem sido uma preocupação nos últimos 5, 10 anos do governo moçambicano e teremos que trabalhar também em conjunto, no sentido de trazer investidores o mais rápido possível”, disse Sumbana.
“Tudo o que os investimos para 2010 vai ter reflexo para os anos que se seguem. Nunca o turismo vai ser como dantes. Vai ser cada vez melhor e vai ter maior contribuição nas contas nacionais”, reiterou.
(Inusso Chuau) - TRIBUNA FAX - 06.02.2007