O GOVERNO de Nampula acaba de esboçar um programa visando pôr ponto final a escassez de combustível que se regista, de forma gritante, na Ilha de Moçambique e que afecta igualmente os consumidores do distrito de Mossuril. A crise dura há três meses, com repercussões negativas no funcionamento das instituições públicas, privadas e municipais.
Maputo, Sábado, 17 de Fevereiro de 2007:: Notícias
O plano consiste na construção de um posto de abastecimento do produto que está orçado em cerca de 2700 milhões de meticais.
A execução do projecto está a cargo da PETROMOC, em Nampula, que acaba de receber uma parcela cedida pelo município, devendo as obras arrancar em finais do presente mês.
A Ilha de Moçambique, que foi a primeira capital do país, está a enfrentar uma crise aguda no abastecimento de combustível, nomeadamente, gasolina e gasóleo para meios circulantes, além de petróleo de iluminação, produtos estes que estão a ser assegurados por revendedores informais que não garantem de forma regular e segura em termos de qualidade ao mercado, pois tem se verificado misturas que causam problemas mecânicos à maquinarias.
A crise, que se prolonga desde Novembro passado, está a provocar sérios constrangimentos também em Mossuril, o público vê-se obrigado a abastecer as viaturas no distrito de Monapo, a cerca de 50 quilómetros. As instituições públicas estão a ser obrigadas a efectuar reservas para garantir a circulação dos seus veículos, sobretudo os de recolha de lixo.
A crise na ilha resulta da incapacidade financeira por parte do operador que explora o único posto de venda daquele produto, segundo dados em nosso poder. Adicionalmente, apurámos que a operacionalização do referido posto de combustíveis não é aconselhável neste momento, pois, a circulação na ponte de acesso à Ilha de Moçambique está limitada a veículos de 1,5 toneladas, contra 24 toneladas do camião, que garante o reabastecimento.
Entretanto, a PETROMOC comprometeu-se em garantir o abastecimento de combustíveis, ainda que em pequenas quantidades, à Ilha de Moçambique, até que as obras de construção do novo posto terminem.