Muitos dos países da África não irão atingir objectivos da ONU
O economista chefe do Banco Mundial (BIRD) para África, George Arbache, diz acreditar que muitos países da África fracassarão nos seus esforços para alcançar os “Objectivos do Desenvolvimento
do Milénio (ODM's)”, da Organização das Nações Unidas (ONU), que preconizam a eliminação da pobreza absoluta e assimetrias até 2015.
Arbache sustenta a sua convicção no facto de muitos deles, “com excepção de Moçambique e poucos outros”, estarem, em cada ano que passa, sempre aquém das metas fixadas por aquele organismo mundial nas áreas da erradicação da fome, aumento de taxas de matrículas, cobertura vacinal contra doenças endémicas, fornecimento de água potável e energia eléctrica a um cada vez maior número de pessoas vivendo na cidade e no campo.
O economista brasileiro falava durante o lançamento, esta segunda-feira, em Maputo, do relatório “Indicadores de Desenvolvimento de África 2006” do BIRD, numa cerimónia que contou com a presença do ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, da presidente da Associação dos Economistas de Moçambique (AMECON), Miquelina Meneses, e de Michael Baxter, director regional para Angola, Malaui, Moçambique, Zimbábuè e Zâmbia.
Pobreza
Por seu turno, Cuereneia indicou que Moçambique reduziu em cerca de 15% a taxa de pobreza absoluta nos últimos 10 anos e que o crescimento médio da sua economia ronda entre sete a oito por cento em cada ano.
Considerou o relatório “Indicadores de Desenvolvimento de África 2006” como sendo um documento que vai permitir ao Instituto Nacional de Estatística (INE) comparar os dados que tem produzido com os nele contidos para aperfeiçoar o seu desempenho.
(F. Saveca) – CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 20.02.2007