O PROBLEMA de salinidade dos solos, erosão e queimadas descontroladas poderão concorrer para escassez de terras aráveis, nos próximos tempos no país, onde as projecções apontam para a existência de 36 milhões de hectares deste recurso. Um estudo desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, propõe a necessidade de o Governo começar a equacionar formas mais sustentáveis de uso e aproveitamento da terra disponível.
Maputo, Sexta-Feira, 30 de Março de 2007:: Notícias
São cerca de 36 milhões de hectares de terra, mas se os problemas acima referidos prevalecerem, aliados ao subaproveitamento das parcelas já requeridas, pouco mato restará para as comunidades rurais que vivem basicamente da agricultura.
Um outro problema que o Ministério da Agricultura enfrenta relaciona-se com a degeneração de maior parte das sementes usadas pela população, o insignificante envolvimento do sector privado na agricultura, ausência da tradição de uso de pesticidas e fertilizantes, situações que concorrem sobremaneira para distorcer os propósitos do Governo sobre a necessidade de se produzir “mais comida”.
Alguns administradores distritais de Nampula advogam o uso de métodos e meios de produção agrícola mais rentáveis, como forma de aumento da produção e produtividade.
Como solução do problema, coloca-se o uso de tractores e como alternativa à substituição da enxada de cabo curto por charruas.
De referir que em Nampula, desde que se abandonou a política das machambas estatais, não mais se voltou a registar o uso mecanização agrícola, estando neste momento a ser promovida a técnica de tracção animal que apenas abrange de forma tímida algumas comunidades de cinco distritos, das dezoito existentes.