O Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, disse que o país está a envidar esforços com vista a sair paulatinamente da dependência externa para financiar projectos de desenvolvimento económico e social.
Intervindo na cerimónia de inauguração, segunda-feira, de uma agência do Banco de Moçambique na cidade de Tete, Gove explicou que ao expandir as suas instituições e serviços que o sistema financeiro oferece, o Estado estará em melhores condições de incentivar hábitos de poupança junto da população, pressuposto essencial para a geração de recursos internos para financiar o investimento e o crescimento económico, e promover emprego no país.
Segundo Gove, mais de 49 porcento do investimento financeiro do país vem do exterior, através de empréstimos ou donativos, uma dependência económica que traz consigo vários condicionalismos.
A abertura de uma agência do Banco de Moçambique em Tete enquadra-se na estratégia do banco central de alargamento dos serviços financeiros à população à escala nacional. A abertura da agência de Tete segue-se à entrada em funcionamento de unidades similares em Quelimane, Maxixe e Pemba, prevendo-se ainda para este ano a abertura de uma agência em Lichinga.
As agências do Banco de Moçambique, segundo Gove, vão assegurar um provimento mais regular e com menor custo de notas e moedas do metical, podendo, dessa forma, o banco central prestar um apoio especializado aos bancos comerciais e operadores de microfinanças, e garantir um serviço de compensação e liquidação bancária de cheques e outros valores compensáveis, com melhor qualidade.
Ao alargar a sua presença física, o BM tenciona melhorar a eficiência e eficácia do processo de gestão da emissão e circulação de notas e moedas do metical, contribuindo para a redução dos custos de transporte, manuseamento e emissão de notas.
As agências vão, igualmente, contribuir para uma maior eficiência dos serviços financeiros do Estado.
De acordo com Ernesto Gove, no âmbito do processo de introdução do metical da nova família, em curso desde 1 de Janeiro último, está a conhecer progressos, tendo sido já alcançada uma cifra de 94 porcento da taxa de substituição.
`Estamos impressionados com a forma como está a decorrer o processo de substituição. Até ao momento conseguimos uma taxa de 94 porcento, velocidade que atingimos graças à compreensão do nosso povo, dos agentes económicos e de toda a sociedade civil. Há países mais desenvolvidos que não conseguem tanto, num processo similar, em tão-pouco tempo´, realçou o governador do Banco de Moçambique
NOTÍCIAS - 28.03.2007