Para a produção de Jatropha
O governo da província de Nampula “chumbou” o pedido de concessão de terra a uma empresa chinesa, numa área estimada em trinta mil hectares, destinada à produção de jatropha e culturas diversas.
A empresa chinesa, representada por Johan Van Huyssten, endereçou ao Centro de Promoção de Investimento (CPI) o interesse de, futuramente, instalar uma fábrica de processamento de biodisel, para além de produtos alimentares para exportação.
Bonifácio Saulosse, delegado do CPI, que revelou o facto, disse que os chineses estão interessados em investir no nosso país, no âmbito da promoção das enormes potencialidades existentes.
Por seu turno, José Varimelo, director provincial da Agricultura, observou que, devido à exorbitante extensão da parcela solicitada, a província corria o risco de ficar sem espaço para a produção de culturas alimentares, facto que afectaria grande parte da população, que vive basicamente da agricultura.
Entretanto, Varimelo observa que cabe ao Conselho de Ministros a aprovação de pedidos da referida natureza, depois do parecer do Ministério da Agricultura Entretanto, Varimelo observa que cabe ao Conselho de Ministros a aprovação de pedidos da referida natureza, depois do parecer do Ministério da Agricultura
A aprovação deste tipo de solicitações exige mais de três anos de compasso de espera, pois que obedecem
a processos muito complexos.
Explicou aquele dirigente, precisando, por outro lado, que a província de Nampula não dispõe de terra suficiente requerida pelos chineses destinada exclusivamente à produção de Jatropha.
A ser deferida a extensão de terra solicitada pelos chineses, a província passaria somente a produzir Jatropha, remetendo os camponeses a situações de insegurança alimentar. Anotou a fonte.
Refira-se que, dos trezentos hectares planificados para a cultura de jatropha em toda a província de Nampula, foram realizados 221,5 hectares.
WAMPHULA FAX - 30.03.2007
NOTA:
Seria interessante saber-se quantas toneladas de semente foram produzidas e como foi feito o seu escoamento e aproveitamento.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE