AS autoridades moçambicanas já começaram a acreditar na existência de jazigos de gás natural na bacia do Rovuma, depois de este hidrcarboneto ter sido descoberto na vizinha República da Tanzania, na província de Mtwara, onde quatro companhias estrangeiras já foram autorizadas a fazer pesquisas sísmicas.
Maputo, Sábado, 21 de Abril de 2007:: Notícias
A Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias afirmou ser muito provável a ocorrência deste hidrocarboneto do lado moçambicano em função da recente certificação da existência de gás na Tanzania.
Com isso, o Governo moçambicano assinou, com a ARTUMAS, empresa canadiana que descobriu o gás natural em Mtwara, um acordo de concessão de uma área de 15122 quilómetros quadrados abrangendo os distritos setentrionais de Palma, Nangade, Mueda, Muidumbe, Macomia e Mocímboa da Praia, para a pesquisa e produção de petróleo, em “Onshore” como resultado do concurso público lançado pela autoridades nacionais em 2005.
Esperança Bias congratulou a ARTUMAS pelo sucesso alcançado na Tanzania e disse ainda que a presença desta empresa nos dois lados da fronteira vai permitir um conhecimento da geologia da bacia do Rovuma tendo em vista a exploração dos seus recursos.
A ministra dos Recursos Minerais acrescentou que o grande objectivo do governo bem como das empresas licenciadas para a pesquisa e produção do petróleo na bacia do Rovuma é descobri-lo ou então o gás apesar de este ser relativamente mais difícil de comercializar do que o “ouro negro” que tem vindo a assumir cada vez mais relevância a nível internacional,
“A nível mundial vários projectos estão a ser considerados para a produção de combustíveis líquidos a partir do gás natural ou mesmo para a sua liquefacção para permitir o seu transporte a longas distâncias e Moçambique adquiriu uma posição de destaque nesta região austral da África, como produtor e exportador de gás natural com a implementação dos projectos de Pande e Temane, que foram um sucesso”, referiu a ministra.
A empresa canadiana ARTUMAS é a quarta companhia a assinar um contrato de concessão para a pesquisa e produção de petróleo naquela bacia depois da italiana ENI, da americana ANADARKO e da norueguesa NORSK HYDRO.
Para o presidente da ARTUMAS, Stephan Mason, a sua presença em Moçambique, particularmente em Cabo Delgado, inclui uma acção de grande responsabilidade social porque se acha acometida na melhoria das condições económicas e sociais sobretudo nas áreas de educação e ambiente.
Refira-se que a bacia sedimentar do Rovuma compreende uma área de 60000 quilómetros quadrados, que se estende do porto de Nacala, província de Nampula, até à fronteira com a Tanzania, norte de Cabo Delgado.
Em caso de descoberta e aprovação do plano de desenvolvimento poderá explorar num período de 25 anos com possibilidade de se prorrogar e o período de pesquisa tem a duração de oito anos.
PEDRO NACUO