A Embraer negocia com a Presidência da República de São Tomé e Príncipe a comercialização de um jato avaliado em US$ 16 milhões (R$ 32,4 milhões), disse nesta sexta-feira à Agência Lusa uma fonte ligada ao processo de negociação.
O assunto havia sido abordado por uma delegação do governo são-tomense que esteve no Brasil no final de março, e que visitou as instalações da Embraer, em São José dos Campos.
A delegação reunia o ministro das Relações Exteriores e Cooperação, Carlos Gustavo dos Anjos, e o das Obras Públicas e Infra-Estruturas, Delfim Neves, segundo noticiou a imprensa do país africano na ocasião.
De acordo com a fonte ouvida pela Agência Lusa, a delegação de São Tomé pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a abertura de uma linha de crédito para financiar a operação.
Apesar de o preço do aparelho ficar em torno de US$ 16 milhões, este poderá subir, uma vez que, destinando-se a uso oficial, são exigidas adaptações específicas.
A configuração do jato e o preço final estão atualmente em discussão entre a empresa brasileira e as autoridades são-tomenses. Depois dessa etapa, será apresentado o pedido de financiamento ao BNDES.
Segundo a mesma fonte, o BNDES estaria disponível para assumir a operação, mas exigiria a apresentação de garantias de São Tomé e Príncipe, sobretudo sob a forma de seguros de crédito à exportação.
Recentemente, o site Macauhub, agência de notícias de Macau (China) em língua portuguesa, noticiava, citando fonte governamental, que a Petrobras também estaria envolvida no processo de aquisição do aparelho, cujo destino seria a STP Airways, nova companhia aérea estatal são-tomense.
Caso o crédito fosse concedido, adiantava, a Petrobras teria direito de participar da exploração de petróleo no arquipélago africano lusófono.
Lisboa, 20 Abr (Lusa)