Depois dos desastres naturais
O Fundo Nacional de Turismo (FUTUR) acaba de criar uma linha de crédito no valor de 2.500.000,00 MTn (1 USD=27,00MTn) destinado a apoiar as agentes económicos atingidos pelo ciclone “Fávio” e pelas “cheias” na reconstrução das suas infra-estruturas danificadas. Segundo, Rafael Nambale, porta-voz do Ministério do Turismo (MICTUR), esta linha de crédito é considerada como “um autêntico balão de oxigénio para os operadores turísticos reconstruírem os seus restaurantes e hotéis” e “foi instituída pelo Conselho de Administração do FUTUR, que fixou em três anos o prazo de reembolso dos valores que vieram a ser concedidos”.
Segundo Nambale, os créditos serão “isentos de juros” durante o período estabelecido para que os reembolsos.
Rafael Nambale disse ainda que para se aceder ao referido crédito, os agentes económicos deverão “obrigatoriamente” reunir requisitos como “as áreas em que pretendem aplicar os montantes solicitados” e “incluir junto ao pedido a apresentação da licença da actividade”.
“Esta intervenção do FUTUR representa uma resposta imediata do Governo para ajudar na recuperação e reinício das actividades económico-turísticas das regiões atingidas pelas calamidades, enquanto se procuram outras formas de apoio”, disse Nambale.
O mesmo interlocutor pelo Ministério do Turismo diz que aquele organismo “está bastante preocupado com a rápida reabilitação do sector do turismo em zonas de grande potencial que foram afectadas no país, particularmente, na província de Inhambane que em momentos de picos regista uma grande enchente de turistas”.
“Queremos que até ao próximo mês de Dezembro, altura em que o pico de turistas vindos de várias partes do mundo escalam os locais exóticos daquela região para passarem as suas férias, festas do Natal e do Fim do Ano, encontrem quase todas as condições criadas para se sentirem bem acomodados”, independentemente dos estragos das intempéries que as fustigaram violentamente no início do corrente ano.
Nambale destacou, na província de Inhambane, particularmente as zona costeiras dos distritos de Vilankulo e Inhassoro e respectivas ilhas do Arquipélago de Bazaruto. “São as que precisam de se recompor, para no mais rápido possível receberem visitantes”.
Vilankulos
Dados fornecidos ao «Canal de Moçambique» pelo Instituto Nacional Gestão e Calamidades Naturais dão conta que a reabilitação das áreas turísticas afectadas, particularmente de Vilankulo, está a registar alguns progressos significativos e de grande importância. São citados os casos dos sistema de abastecimento de água potável e da rede eléctrica. Já estão restabelecidos. Algumas vias de acesso também. Centros e postos de saúde incluindo o hospital rural local, também. Dias melhores estão vindo.
(Alexandre Luís) -CANAL DE MOÇAMBIQUE - 20.04.2007