Francisco Guterres "Lu-Olo" e José Ramos-Horta foram os mais votados nas eleições presidenciais de 9 de Abril, segundo os resultados finais provisórios anunciado s hoje pelo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Faustino Cardoso.
Os dois candidatos passam à segunda volta das eleições, marcada para 9 de Maio, embora seja necessário esperar pela validação final dos resultados pelo Tribunal de Recurso, conforme frisou o presidente da CNE.
Os resultados finais foram anunciados por Faustino Cardoso na sede da CNE, cerca das 17:30 locais (09:30 em Lisboa), pondo termo a uma espera de nove dias , com acusações de irregularidades e informações desencontradas ao longo do escrutínio.
O presidente do Parlamento e candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu-Olo", obteve 112.666 votos, 27,89 por cento, de um total de 403.941 votos válidos (94,56 por cento) dos 427.712 depositados nas urnas.
José Ramos-Horta, primeiro-ministro e candidato independente, obteve 88.102 votos, 21,81 por cento.
Fernando "Lasama" de Araújo, do Partido Democrático, teve 77.459 votos, 19,18 por cento.
Registando uma subida sensível em relação a projecções anteriores, Francisco Xavier do Amaral, da ASDT, obteve 58.125 votos, 14,39 por cento.
A seguir ficaram Lúcia Lobato, do PSD, com 35.789 votos (8,86 por cento), Manuel Tilman, do partido Kota, com 16.534 votos (4,09 por cento), Avelino Coelho "Shalar Kosi F.F.", com 8.338 votos (2,06 por cento) e, em último, João Viegas Carrascalão, com 6.928 votos (1,72 por cento).
De um total de 522.933 eleitores registados, votaram 427.712, o que significa uma taxa de participação de 81,79 por cento.
A CNE envia ainda hoje a cópia da acta final do apuramento dos resultados a o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e cópias das actas dos resultados provisórios ao Tribunal de Recurso.
Na sede da CNE está afixada desde o final da tarde informação detalhada sobre a votação nos distritos, além da acta final nacional.
O Tribunal receberá, nas 24 horas que se iniciam com a recepção destas actas, queixas e pedidos de impugnação, se os houver. Caso contrário, poderá de imediato decidir pela validação do apuramento e os resultados definitivos poderão ser anunciados.
O Tribunal de Recurso não tem nenhum prazo legal para anunciar a validação dos resultados.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 18.04.2007