Segundo revelam os média nacionais, o Governo Moçambicano tenciona introduzir ainda este ano, matrículas personalizadas aos donos de veículos automóveis no país, incluindo a rotulagem com o nome dos proprietários, estando a proposta nesse sentido a ser apreciada para harmonização pelos meios competentes, sendo o Instituto Nacional de Viação de Moçambique (INAV) o animador principal da iniciativa.
Revelam ainda as mesmas fontes que Moçambique regista um pronunciado crescimento do seu parque automóvel, com a entrada anual de uma média de 13 mil viaturas já usadas e venda pelos revendedores autorizados de viaturas de aproximadamente duas mil. Um verdadeiro negócio da China!
Para os incautos pode ficar a impressão de que o INAV passou definitivamente a ser o sinónimo de busine$$. Ou então, que o streap-tease cultural do BANG Entretenimento ganhou adeptos nos envelhecidos funcionários públicos dos serviços de Viação.
Porque o que não revelam estes farejadores de notícias, é que mais de 50% por cento dos automóveis que circulam no país e na cidade de Maputo em particular, têm matrículas duplicadas. Isso mesmo sr. leitor: DUPLICADAS. Neste exacto momento, poderá estar a circular uma viatura com matrícula, por exemplo, 214TCE94 ou MAA-08-76 e o INAV não saber se se trata de um Opel Astra ou Corsa, ou quem sabe
um Nissan?!
Nem os diplomatas não se livram da saga INAV. Alguém me pode garantir se a viatura CD-012-M01 é um Volvo 570 ou 580?!
No meio desta barafunda, está o Ministério do Interior, aquém competia mandar recolher estas viaturas e atribuir-lhes uma matrícula inequivocamente única. Estão o SISE e o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, juntos, porque é a estas entidades a quem compete regular a atribuição de placas de matrículas diplomáticas, que pelos vistos, servem para qualquer meio rolante das Missões estrangeiras
em Moçambique.
No contexto tributário, está também o Ministério das Finanças que cobra o Imposto Sobre Veículos repetidamente para viaturas diferentes com matrícula igual. E não informa a quem de direito para corrigir a situação.
E por último - but not the least - a Procuradoria Geral da República, que continua a instruir processos-crime com base na testemunha visual da suposta matrícula da viatura dos criminosos.
Quo Vadis Moçambique, com este negócios dos “pópós”?
Penso que, o importante é INFORMATIZAR imediatamente o INAV e ligá-lo à rede do Governo Electrónico para cruzar a informação com as entidades acima referidas. Não procede, continuar a emitir licenças de condução à máquina de escrever em pleno século XXI! E depois admiram-se de nos ser vedada agora a condução no espaço Schengen. Também cai pela base, a tese peregrina da sra. Primeira-Ministra, segundo a qual, a cobrança de impostos deve ser feita a qualquer cidadão, não importando a origem do tributo. E
ainda se admiram os jornalistas de ouvir o sr. Procurador- Geral da da Joaquim Madeira a pedir socorro na AR... Porque questão omnipresente é a de sempre: quantos cabritos serão desmamados com estas medidas arrojadas? Responda se puder, caro leitor.
Jingo (Pseudónimo) - VERTICAL - 20.04.2007