O Millenium BIM, detido maioritariamente pelo grupo português Millennium BCP, enalteceu quinta-feira a "forte vontade" do governo de Moçambique em atrair investimentos, como um dos factores que tornaram o país atraente para os negócios. O director para a área do investimento do Millenium BIM, Eduardo Cassola, falou quinta-feira em Maputo do "sucesso" da instituição durante no encontro entre empresários da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da China.
"Houve vários ingredientes para que o BIM se instalasse no país, mas há que realçar o forte empenhamento do governo na criação de um bom ambiente de negócios", sublinhou Cassola. A remoção de entraves burocráticos e a implementação de uma política fiscal realista fizeram de Moçambique um dos principais destinos do investimento estrangeiro em África, apontou o director para a área do investimento do Millenium BIM. "As autoridades estiveram e continuam atentas às preocupações dos investidores, quando há obstáculos, há logo abertura para a sua remoção", elogiou ainda Eduardo Cassola.
O ambiente favorável que o Millenium BIM encontrou em Moçambique permitiu ao banco alcançar a posição de líder do mercado financeiro moçambicano, controlando no momento uma quota de cerca de 40 por cento do mercado, acrescentou o director para a área do investimento do Milennium BIM. Alguns empresários presentes na sessão confrontaram o director do Millenium BIM com a alegada fraca expansão das instituições financeiras moçambicanas nas zonas rurais. "O Millennium BIM é sensível às necessidades do país na banca, mas tem que se expandir em função das garantias de retorno dos seus investimentos", respondeu Cassola. Apesar de condicionar o alargamento dos seus serviços à certeza de que tal esforço será compensado, o director para a área do investimento do Millennium BIM afirmou que o banco "está em 15 distritos, onde nenhum outro banco moçambicano se encontra". Gao Xunxi, representante da construtora China Languang Group Company Limited, falou, por seu turno, dos factores que podem atrair o investimento chinês para Moçambique, destacando que "os enormes desafios de desenvolvimento que este país enfrenta devem ser encarados como oportunidades de negócio". "Estamos aqui para ficar, porque há oportunidades de negócio em todos os domínios, sobretudo na construção, onde as empresas chinesas participaram em grandes obras e ensinaram muito aos moçambicanos", enfatizou Xunxi.
LUSA - 20.04.2007