Pelo menos 300 refugiados africanos que se encontram em Moçambique deverão ser repatriados para os respectivos países de origem, disse hoje a representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Moçambique, Victoria Akeyampong.
Os refugiados, provenientes na sua maioria da República Democrática do Congo, deverão regressar a casa "até aos finais" de Maio, indicou a representante do ACNUR.
Ao todo, Moçambique acolhe 7.034 refugiados e requerentes de asilo, 5.148 dos quais estão no centro de refugiados de Maratane, na província de Nampula (norte), de acordo com o Instituto moçambicano de Apoio aos Refugiados (INAR).
O grupo mais numeroso é oriundo da República Democrática do Congo (4.563), seguido do Burundi (1.317).
No centro de Maratane ou espalhados pelo resto do país estão também refugiados do Zimbabué, Uganda, Sudão, Angola, Bangladesh, Afeganistão, Somália, Serra Leoa, Cuba, Eritreia e até da Palestina.
De acordo com Victoria Akeyampong, o repatriamento "é voluntário".
No entanto, prosseguiu, os refugiados que já manifestaram interesse em permanecer em Moçambique têm de "pedir uma permissão de residência ao Estado".
Entretanto, na semana passada, perto de 600 cidadãos moçambicanos a residir ilegalmente na África do Sul foram repatriados e entregues às autoridades moçambicanas na fronteira de Ressano Garcia (sul).
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 30.04.2007