Residentes de bairros próximos do paiol de Malhazine, na capital moçambicana, puseram-se hoje em fuga na sequência de explosões provenientes do depósito de armas, onde uma explosão, em Março, causou a morte de 104 pessoas.
Os ruídos de 25 toneladas de engenhos explosivos hoje destruídos em Moamba - a 45 quilómetros de Maputo - fizeram-se ouvir esporadicamente ao início da tarde, causando pânico aos populares das zonas próximas do quartel, que chegaram a abandonar as suas casas.
O porta-voz do Ministério da Defesa de Moçambique, Joaquim Mataruca, disse que as explosões ocorreram em Moamba, onde decorre o processo de destruição de engenhos explosivos, no âmbito do desmantelamento do paiol de Malhazine.
"As explosões que ouvimos foi em direcção à Moamba, não têm nada a ver com o paiol de Malhazine", referiu Mataruca.
No total, foram "nove explosões separadas que ocorreram no âmbito do processo de destruição de engenhos explosivos", armazenados no principal e maior quartel de armamento bélico em Moçambique.
"Estávamos a destruir bombas de aviação. É um trabalho que fazemos todos os dias, mas hoje ouviu-se muito porque é um dia calmo", acrescentou.
Questionado sobre o porquê de não se informar antecipadamente os habitantes a cerca das explosões das bombas de aviação, Mataruca justificou: "achou-se que o impacto seria menos grave".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 21.05.2007