Os doadores internacionais garantiram na quinta-feira cerca de 287 milhões de euros em apoio ao Orçamento Geral do Estado (OGE) moçambicano para 2008, mas criticaram os "fracos resultados" no combate à corrupção.
A garantia foi dada em Maputo durante um encontro entre o governo e os 19 doadores internacionais, incluindo Portugal, agrupados nos "Parceiros de Apoio Programático", que vêm ajudando directamente o OGE.
"O nosso compromisso de hoje é a maior contribuição para o desenvolvimento deste país. Contamos com o governo na elaboração de planos correctos e um orçamento adequado em 2008 para reduzir a pobreza", que assola mais de 50 por cento dos cerca de 18 milhões de moçambicanos, sublinhou o embaixador da Noruega em Maputo e presidente da chamada "troika" dos doadores, Thorbjorn Gaustadsaether.
Os parceiros de Moçambique tinham previsto "um aumento substancial no apoio ao Orçamento, mas esse incremento não se realizará devido ao fraco desempenho do governo nalgumas áreas", ressalvou Gaustadsaether.
A comunidade internacional apontou a lentidão no combate … corrupção, na reforma legal e na promoção de uma agricultura mais competitiva como as principais fraquezas do governo moçambicano, precisou o embaixador norueguês.
"As áreas que carecem de atenção especial foram identificadas e incluem a reforma legal, o combate … corrupção, a prestação de serviços públicos e a produtividade no sector agrícola", prosseguiu Thorbjorn Gaustadsaether.
Segundo o diplomata, no desempenho de 2006 houve resultados bons em algumas áreas, mas noutras a prestação "é preocupante".
Para funcionar, o Estado moçambicano depende do apoio externo em 50 por cento, socorrendo-se dos recursos internos para financiar a outra metade do seu orçamento.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 25.05.2007