As obras de reabilitação da Ponte de Dona Ana, sobre o rio Zambeze, encontram-se paralisadas desde semana finda na sequência da suspensão, ordenada pela Inspecção do Ministério de Trabalho, de 63 técnicos indianos por alegada falta de autorização de trabalho. A medida afectou também a fábrica de travessas do Dondo.
Além de suspensos das suas actividades, os técnicos da empresa GPT Infrastructures Private Limited, que
desde Julho de 2006 trabalham naquela infra-estrutura foram, igualmente, multados em cerca de 939 mil
meticais.
O director provincial do Trabalho em Sofala, Omar Jalilo, explicou que a acção da sua instituição não visou
paralisar as obras, mas, suspender a actividade daqueles cidadãos estrangeiros que estavam a trabalhar,
ilegalmente, no País.
A Inspecção, referiu Lalilo, vinha trabalhando com aquela firma, tendo detectado anomalias na componente
estrangeira.
“Eles requereram o visto de trabalho, mas, antes de obterem a resposta começaram a trabalhar. Por lei, quando a pessoa faz um pedido deve aguardar pela resposta e, no caso presente, eles deviam ter esperado pela autorização das autoridades a quem requereram”, acrescentando que no exercício de atribuição do visto de trabalho, abre-se espaço para aferir a necessidade ou não de se empregar um estrangeiro numa actividade que pode ser feita por um nacional, disse o director Provincial de Trabalho em Zambézia
“Há um processo de análise para apurar se temos ou não, em Moçambique, pessoas especializadas para
trabalhar na área a que o estrangeiro se candidata”, referiu.
As firmas foram subcontratadas pela RICON, que está a executar a reabilitação de 710 quilómetros da linha de Sena, que liga Dondo, na província de Sofala, a Moatize, província de Tete.
A TRIBUNA FAX - 30.05.2007