Governo da Dinamarca está a financiar a aquisição de uma draga oceânica com capacidade para dragar 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos por ano. Um dos grandes projectos de investimentos aprovado para este ano no sector de portos e caminhos de ferro é a dragagem do canal de acesso ao Porto da Beira, por forma a capacitá-lo para receber navios de grande calado, vinte e quatro horas por dia.
Maputo, Terça-Feira, 1 de Maio de 2007:: Notícias
Segundo fonte da Empresa de Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM,E.P.), o investimento dinamarquês é orçado em 40 milhões de dólares norte-americanos, valor a ser aplicado também na recapacitação do trem de apoio à navegação.
Mesmo sem avançar datas para a conclusão do processo de compra da referida draga, a nossa fonte assegurou que “tudo está bem encaminhado”, e que está a haver colaboração por parte de todos os intervenientes no processo.
Segundo a nossa fonte, outra iniciativa de investimento aprovado para este ano e já em curso no terreno é a dragagem de emergência do canal de acesso ao Porto da Beira e respectivas bacias de manobras, com um orçamento estimado em 18 milhões de dólares americanos, doze dos quais disponibilizados pelo governo da Holanda e os restantes pela empresa de Portos e Caminhos de Ferro.
Paralelamente, segundo a nossa fonte, o governo acaba de instituir um Fundo Nacional de Dragagens a ser gerido pelos Caminhos de ferro de Moçambique, E.P., empresa que vai comparticipar anualmente no fundo com de cerca de três milhões de dólares norte-americanos, valor que deverá subir posteriormente para os quatro milhões de dólares. Com este instrumento de financiamento interno, a funcionar em pleno ainda a partir deste ano, o executivo tem em vista resolver de forma definitiva o problema do sector de dragagens em Moçambique.
Atentas à necessidade de se tirar as maiores vantagens possíveis das suas características como país ímpar por excelência, as autoridades ferro-portuárias recomendam o estudo e exploração do potencial costeiro, das baías, enseadas, portos e todo o sistema do shipping internacional, como um dos processos de preparação do país para a fase que advirá da entrada em funcionamento do protocolo de transporte e meteorologia e de comércio da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).