OS juristas que a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) coloca à disposição da jovem nação moçambicana, devem estar comprometidos não só na melhoria dos serviços prestados ao povo, mas também à altura de corrigir o que até aqui tem constituído impedimento ao desenvolvimento dos cidadãos, segundo defendeu ontem, em Maputo, Filipe Couto, Reitor da instituição.
Maputo, Terça-Feira, 22 de Maio de 2007:: Notícias
Para Couto, muitos são os casos em que os juristas, no lugar de defender os cidadãos, procuram tirar proveito próprio, dificultando a todo o custo a viabilização dos processos determinantes para a vida dos concidadão.
Falando na apresentação de Adelino Muchanga aos restantes colegas da Faculdade de Direito, onde este passa a dirigir em substituição de Taibo Mucobora, transferido para a Faculdade de Economia,. Filipe Couto desafiou os docentes a leccionarem de modo a que a UEM forme quadros com capacidade suficiente de interpretar melhor a constituição, pondo de lado tudo que possa criar revolta no seio dos cidadãos.
“As leis são para favorecer e os juristas devem trabalhar arduamente para a sua melhor e adequada interpretação. É preciso trabalhar para diminuir o que é mais difícil, contornando assim, o mais difícil” – disse.
Citou como exemplo, casos em que milhares de cidadãos acabam sendo impedidos de arranjar emprego ou desempenhar qualquer outra actividade por falta de Certidão de Nascimento quando, segundo ele, o Bilhete de Identidade pode servir. Assim, segundo ele, “é preciso diminuir a carga de burocracia para viabilizar as pretensões do povo”.
A Faculdade de Direito tem mais de 1400 estudantes assistidos por 90 docentes, entre contratados e efectivos.
Esta semana a UEM viu empossados 12 novos directores de diferentes áreas a quem o Reitor pediu muito empenho de modo a ombrear com as diferentes universidades da SADC, principalmente no que concerne ao domínio da língua inglesa, quando as fronteiras da região forem abertas.