OS guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique manifestaram vontade de prosseguir a luta armada, mesmo depois da assinatura do Acordo de Lusaka entre a FRELIMO e o Governo português. O facto esteve aliado à revolta de um grupo de colonos residentes na cidade de Lourenço Marques (Maputo), a 7 de Setembro de 1975, que quando tomaram conhecimento do acordo, foram ocupar a Rádio Clube de Moçambique e promoveram tumultos em alguns pontos da cidade, nomeadamente nos bairros e nas principais artérias, o que levou à destruição de lojas, saque e actos de desobediência civil. Estes factos não agradaram aos militantes da FRELIMO.
Foi o Presidente Samora Machel e o Primeiro-Ministro do Governo de Transição, Joaquim Chissano, que evitaram que o acordo fosse violado, com a continuação da guerra. Era necessário respeitar o acordo, mas os militares que ficaram surpreendidos com a reacção dos colonos de Lourenço Marques, estavam prontos para pegar de novo em armas e voltar às bases. Esta informação foi nos revelada por João Munguambe, antigo combatente, convidado pelo nosso Jornal a falar sobre a sua experiência de envolvimento no movimento de libertação de Moçambique. Munguambe pertenceu ao grupo de nacionalistas que juntamente com Eduardo Chivambo Mondlane decidiram juntar os três movimentos de libertação nacional e fundar a FRELIMO, tendo, por isso, muita coisa para contar às novas gerações, continuadores dos jovens do 25 de Setembro de 1962. São os seguintes, alguns extractos da entrevista com João Munguambe.
Maputo, Terça-Feira, 26 de Junho de 2007:: Notícias
Leia em:
Download joo_munguambe_depois_dos_acordos_de_lusaka.doc
NOTA:
Afirma João Munguambe nesta entrevista que Filipe Magaia foi "morto em combate". Mas no livro de Rosa Langa «Moçambique Mulheres e Vida», Janet Mondlane afirma que foi "assassinado".
Para quando só uma e única HISTÓRIA de Moçambique? E dos seus heróis?
Ao menos juntem-se e mintam todos de igual.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE