O ministro do Interior de Moçambique, José Pacheco, disse hoje em Maputo que a polícia usará "uma reacção de guerra" contra o crescente crime violento na capital, colocando agentes da polícia e militares em operações de patrulha.
Em mais uma demonstração da grave insegurança que se vive em Maputo e arredores, um grupo de assaltantes à mão armada retirou de uma esquadra da polícia, na cidade da Matola, arredores de Maputo, uma viatura roubada, que havia sido recuperada pelas autoridades.
No tiroteio que se verificou no ataque, um polícia ficou gravemente ferido, enquanto os assaltantes conseguiram fugir com o carro.
Falando aos jornalistas, no final de uma visita que o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, efectuou hoje ao Ministério do Interior em Maputo, o titular deste pelouro garantiu que a corporação irá mudar de táctica para fazer frente à delinquência.
"Na cidade de Maputo, o crime tende a assumir características de terrorismo de guerra, por isso, é preciso uma reacção de guerra perante esta situação", afirmou José Pacheco.
Apesar de a taxa de criminalidade ter baixado 17 por cento este ano, quando comparada com o índice registado em 2006, a ocorrência de crimes violentos dá a ideia de que o mesmo está a aumentar, sublinhou Pacheco.
A nova estratégia do governo no combate ao crime em Maputo assenta em patrulhas conjuntas entre agentes da Polícia da República Moçambique e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
"Pretendemos que a sociedade compreenda o nosso trabalho e, mais do que isso, participe no combate ao crime, denunciando os malfeitores", enfatizou José Pacheco.
Durante a visita à sede do Ministério do Interior, o Presidente moçambicano defendeu o apetrechamento do aparelho policial, com mais agentes e recursos materiais, para uma maior eficácia da sua actuação em todo o país.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 29.06.2007