As autoridades do distrito municipal de Inhaca estão a equacionar a possibilidade de destruir os ovos do Corvo da Índia, como forma de travar a multiplicação daquela ave migratória que tem ameaçado a saúde e a vida dos residentes daquele território insular da Cidade de Maputo.
A medida, segundo o Administrador da Ilha de Inhaca, Eugénio Alage, visa retardar a velocidade reprodutiva daquela ave que se afirma ser capaz de pôr muitos ovos de uma só vez, facto que propicia a sua rápida multiplicação.
Porém, ja há campanhas coordenadas e periódicas levadas a cabo a nível local que permitiram reduzir, consideravelmente, a ameaça que o corvo colocava aos residentes da ilha, que dista há 42 quilómetros da capital.
A ilha de Inhaca, com uma população estimada em cerca de seis mil habitantes, segundo dados do último recenseamento geral da população, tem uma extensão territorial de 42 quilómetros quadrados subdividida em três bairros principais, nomeadamente Ribwene, Nhaquene e Inguane.
No segundo semestre de 2006, a ilha começou a viver momentos inquietantes na sequência da chegada do Corvo da Índia suscitando temores em relação a uma eventual eclosão da gripe aviária no país, uma vez que vários países do sudoeste asiático tinham sido severamente sacudidos por esta doenca.
Desta feita, o Ministério do Interior autorizou a concessão de armas de caça que, em coordenação com um residente, são usadas nas campanhas periódicas de abate que têm sido desenvolvidas localmente.
RM - 1806.2007