AO INUNDAR O PATRIMÓNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE COM SUAS CORES
- e reitera que apenas pintou os edifícios indicados pelos gestores daquele município dirigido pela RENAMO.
Apesar de liderar incontestavelmente o mercado nacional de telefonia móvel a maior operadora doméstica do sector, a Moçambique Celular (Mcel) continua implacável nas campanhas publicitárias e, recentemente patrocinou uma massiva pintura dos edifícios históricos da Ilha de Moçambique com as suas cores de marca, o amarelo. Esta atitude não agradou aos representantes da UNESCO em Moçambique que acabaram denunciando esta atitude na comunicação social.
Ainda esta semana, apôs o facto ter sido tornado do domínio público suscitando reacções de indignação e protesto em muitos sectores da sociedade, a Mcel pediu desculpas à população da Ilha de Moçambique, do País e do mundo inteiro pelos danos causados à estética original daquele que é património de toda a humanidade desde 1991, com o aval daquela agência das Nações Unidas que vela pelos sectores da Cultura, Ciência e Educação.
De acordo com fonte da UNESCO em Maputo, que preferiu manter o anonimato, a campanha publicitária baseada na pintura de imóveis que tem Msido adoptado pelas operadoras de telefonia móvel um pouco por todo o País desvirtua a originalidade dos edifícios, e acrescentou que, “a mCel é um importante parceiro para a recuperação e valorização da Ilha de Moçambique, mas desta vez foi feito um disparate, com pinturas de propaganda que afectaram a imagem dos edifícios”.
Entretanto, o sector de relações públicas da Mcel admitiu publicamente que houve precipitação na campanha de publicidade levada a cabo pela empresa na Ilha de Moçambique e assegurou que a firma subcontratada para efectuar as pinturas já foi instruída no sentido de fazer a remoção dos anúncios e repôr as cores originais dos muros e edifícios abrangidos.
A Mcel avançou igualmente que apenas pintou os edifícios que foram indicados pelo município da Ilha de Moçambique, um dos municípios sob a gestão do maior partido da oposição, a RENAMO.
Por outro lado, a UNESCO considera que a reposição das cores originais nos edifícios abrangidos pela polémica campanha publicitária vai implicar a efectaução de alguns retoques e nào apenas a reposição da tinta e apoia o envolvimento do sector privado na recuperação e valorização daquele património cultural.
(Goodwin Mata) - DIÁRIO DE NOTÍCIAS(Maputo) - 22.06.2007
NOTA:
Que se saiba ninguém da UNESCO se encontra de momento em permanência na Ilha de Moçambique.
Mais: que obras concretas e que resultados das acções da UNESCO?
Mais: Porque o representante(?) da UNESCO aqui invocado pediu o anonimato?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE