O Direito à Nacionalidade Portuguesa
"Senhor,
Os cavaleiros tende em muita estima,
Pois com seu sangue intrépido e fervente
... a tão remoto clima
vos vão servir com passo diligente,
Dois inimigos vencem: uns, os vivos
E (o que é mais) os trabalhos excessivos"
Lusíadas, Canto X
O poeta escreveu: "A minha Pátria é a Língua Portuguesa ". É verdade. A capacidade de comunicar entre os homens, esse atributo chamado linguagem, com que nos dotou a natureza ou o criador, é o que nos distingue. É a língua, com uma fonética semelhante, com múltiplos sons, sotaques e entoações. É o falar em Português, a Alma da Pátria Portuguesa. No berço originário ou na diáspora.
Mas o que o poeta não disse é que a Pátria é também a "Nossa Terra". A Pátria é a história dos múltiplos combates. Das dores e das alegrias, dos encontros e desencontros. É o palco de tragédias e de comédias, de partidas e de chegadas. É o encontro de culturas. Oito Séculos formaram uma Pátria e uma língua: a Língua Portuguesa. Do Ocidente ao Oriente, de Zénite ao Nadir, de Timor à Amazónia, da África à Europa. Falavam a mesma língua os marinheiros de Cabral e os navegadores que rumaram ao Oriente. Falavam a mesma língua os irmãos Álvares Pereira que se enfrentaram em Aljubarrota; os soldados que na Guerra Civil venceram com D. Pedro e os que se exilaram com D. Miguel. Falavam na língua de Camões os vencidos e os vencedores de todas as revoluções. Os algozes e as vítimas.
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