AO CABO DE QUATRO SEMANAS DE BRAÇO-DE- FERRO
A greve dos funcionários públicos sul-africanos, que já havia entrado na quarta semana e criou sérios problemas de funcionamento em hospitais, escolas e outros sectores, foi esta quinta-feira dada por terminada pelos sindicatos.
A maioria dos sindicatos da função pública filiados na central COSATU decidiu pôr fim à greve e aceitou a mais recente oferta do Governo de 7,5 porcento de aumentos salariais.
Segundo a COSATU, apenas uma pequena parte dos sindicatos não aceitou ainda os 7,5% oferecidos pelo Governo, podendo continuar a negociar sectorialmente.
O braço-de-ferro entre o Governo e sindicatos, que exigiam 12% de aumento, acabou por quebrar no elo mais fraco, uma vez que milhares de famílias estavam já em situação desesperada depois de quatro semanas sem receber salários.
Durante o período de greve, muitos foram os incidentes de violência contra trabalhadores que não aderiram à greve, o que levou o Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, a criticar no Parlamento os piquetes de greve que recorreram à violência para forçar a paralisação total dos serviços públicos.
Registaram-se vários casos de morte em hospitais por falta de assistência médica, amplamente noticiados pela comunicação social, apesar de o Governo ter destacado médicos e pessoal de enfermagem militar para os hospitais públicos.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 29.06.2007