O Governo moçambicano conferiu hoje oficialmente à empresa brasileira Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD) os direitos de exploração do carvão de Moatize nos próximos 35 anos.
O documento da concessão foi entregue pela ministra dos Recursos Minerais de Moçambique, Esperança Bias, a Galib Chaim, o director-geral da Rio Doce Moçambique, a subsidiária moçambicana através da qual o gigante brasileiro se vai implantar em Moçambique.
Com a autorização, a CVRD vai extrair 11 milhões de toneladas de carvão por ano, dos quais 8,5 milhões de coque para a indústria metalúrgica e 2,5 milhões de toneladas de carvão de queima para a produção de energia eléctrica.
"A partir de agora, com este título, estão criadas todas as condições para o arranque massivo das nossas actividades. Dentro deste semestre, vamos iniciar a evacuação das pessoas que estão a viver nas áreas de concessão mineira para as zonas de reassentamento previamente seleccionadas pelo Governo em consenso com as comunidades abrangidas", afirmou Chaim.
Para ficar com a concessão mineira do carvão de Moatize, com reservas estimadas em 2,5 mil milhões de toneladas, a CVRD pagou 90,1 milhões de euros.
Cerca de três mil postos de trabalho temporários serão criados com a activação da mina e 1500 empregos definitivos serão gerados na fase de exploração do minério.
Referindo-se ao impacto sócio-económico do acordo com a CVRD, a ministra moçambicana dos Recursos Minerais disse que "a exploração do carvão de Moatize vai impulsionar o desenvolvimento do distrito de Moatize e da província de Tete", noroeste de Moçambique.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 04.07.2007