NO NORDESTE BRASILEIRO
Luís Carlos Patraquim vai representar País no encontro de de autores lusófonos no Nordeste brasileiro entre 5 e 14 de Outubro, em Olinda - cidade património da humanidade, segundo a Unesco -, será realizada a VI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que homenageará diversos escritores lusófonos.
Concentrada no pavilhão do Centro de Convenções de Olinda, a mostra terá como tema “Literatura: Diálogos e Interfaces”. A participação de grandes nomes do jornalismo e da literatura brasileira e internacional está garantida, segundo os organizadores.
Nesta edição, a bienal vai reunir escritores, estudiosos e editoras de países de língua lusófona, como Angola,
Moçambique e Portugal, além do Brasil. Seguindo o eixo temático “Literatura: Diálogos e Interfaces”, o evento vai debater a ligação da literatura com as diversas manifestações artísticas.
Diversos escritores portugueses foram ou estão a ser convidados mas os seus nomes só serão anunciados após confirmação da sua presença.
O escritor paraibano Ariano Suassuna, autor de grandes clássicos da literatura nordestina, como A Pedra do
Reina e Auto da Compadecida, vai promover uma de suas famosas aulas-espectáculo durante a realização do evento.
A obra de Clarice Lispector, que morou parte de sua vida no Recife, será lembrada e haverá mesmo um auditório com o nome da escritora, que nasceu na Ucrânia e se radicou no Brasil.
Em 2007 foram assinalados os 30 anos passados desde a sua morte.O escritor gaúcho Moacyr Scliar, membro da Academia Brasileira de Letras, aproveitará para lançar o seu 75.º título: O Texto, ou: a Vida, que cruza autobiografia e antologia. Scliar já conquistou vários prémios importantes, como o Jabuti e o Casa de Las Américas.
Em Portugal, estão editados vários dos seus livros, como O Centauro no Jardim ou O Exército de um Homem
Só (ambos na Caminho).De Moçambique, está confirmada a presença de Luís Carlos Patraquim, colaborador da imprensa moçambicana e portuguesa, argumentista de filmes de ficção e documentários, bem como dramaturgo.
As suas obras estão traduzidas em França, Inglaterra, Alemanha, Finlândia, entre outros países. É ainda fundador do Instituto Nacional de Cinema de Moçambique (1976) e no ano de 1995 recebeu o Prémio Nacional de Poesia, em Maputo.
O OBSERVADOR - 21.08.2007