O assassínio selectivo de polícias, roubo de armas e assaltos a bancos registados nos últimos tempos em Moçambique, em particular na capital, constituem para alguns analistas "uma nova era do crime no país".
Desde meados de 2006, mais de 20 polícias foram mortos por grupos armados, 10 dos quais pertenciam à brigada "Mambas", vocacionada para o combate ao crime violento, que acabou por ser extinta pelo Ministério do Interior, devido às baixas sofridas.
Este ano, outros tantos polícias foram mortos a tiro em actos premeditados e várias dependências de bancos, principalmente do Banco Internacional de Moçambique (BIM), sofreram roubos à mão armada, depois dos respectivos guardas terem sido neutralizados.
A eficácia e a ousadia deste novo tipo de crimes traduzem uma ruptura com o anterior padrão de delinquência que sempre afectou o país e, segundo o sociólogo Carlos Serra, trata-se de "uma nova era criminal, com uma nova morfologia do crime no país, em que os criminosos actuam com mais intensidade, eficácia e modernidade".
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