O Tribunal Judicial da província moçambicana de Tete, centro do país, condenou hoje à pena máxima de 24 anos de prisão três moçambicanos implicados na morte de uma leiga portuguesa e um padre brasileiro, em 2006.
Um quarto arguido, Policárpio Tiago, foi absolvido por insuficiência de provas.
A pena aplicada aos três arguidos, Horácio Sande, Feston Phalusso e Joaquim Nicoroa, confirmou a decisão anteriormente tomada pelo colectivo de juízes do Tribunal Judicial da província de Tete sobre o assalto à Missão Católica de Fonte Boa.
Além da condenação, o tribunal aplicou uma multa de 677 mil euros a cada um dos arguidos condenados, por ter ficado comprovado o seu envolvimento na morte da leiga portuguesa Idalina Neto Gomes e do padre brasileiro Waldir dos Santos, no distrito de Tsangano, a 250 quilómetros de Tete.
No total, o Tribunal Judicial de Tete julgou nove pessoas, mas a leitura da sentença do caso restringiu-se aos quatro acusados, dado que os restantes vão responder em processo autónomo.
Entre estes cinco arguidos figura um famoso empresário, acusado de ter fornecido uma arma ao principal suspeito do crime, entretanto já falecido numa cela da cadeia central da província.
A audição dos restantes arguidos no processo autónomo resulta de um mandado de captura emitido pelo tribunal com base no recurso apresentado pelo Ministério Público, que se manifestou inconformado com a anterior decisão daquele órgão judicial de os libertar.
O "crime da Fonte Boa", como é conhecido o processo do duplo homicídio que abalou o distrito de Tsangano, também resultou no ferimento de um leigo português, um religioso moçambicano e um guarda, atacado com arma branca.
No assalto, os malfeitores roubaram uma viatura e seis mil euros.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 28.09.2007