- Governo reconhece que as FADM estão a quem das expectativas
Uma vez alcançada a independência política há 32 anos, a guerra pela independência económica, foi o denominador comum nas intervenções que nortearam as celebrações do 43º aniversário das Forças
Armadas de Defesa de Moçambique, FADM. As cerimónias centrais em Maputo, foram lideradas por Eduardo
Mulémbwe, Presidente da Assembleia da República, AR.
“Nós tínhamos um objectivo claro que era a libertação da pátria e espero que hoje com a coragem dos jovens do 25 de setembro se façam sacrifícios para que se atinjam outros objectivos importantes como a independência económica que vai tornar robusta a nossa soberania”, disse Mulémbwe. A dissertação do Presidente da AR assenta-se no facto de actualmente, cerca de 60 porcento do Orçamento do Estado depender do financiamento de parceiros internacionais, o que reduz o “espaço de manobras” do executivo na
elaboração das políticas económicas, o que muitas vezes faz com que sejam implementados programas de desenvolvimento impostos pelos financiadores.
O Presidente da AR, representando o Presidente da República Armando Guebuza que encontra fora do País, relembrou que os jovens do 25 de Setembro, decidiram-se pela luta armada, depois de esgotadas todas as outras formas de luta pela independência nacional.
A nossa fonte destacou a valorização dos heróis de luta de libertação, o combate à criminalidade e à pobreza
absoluta como alguns dos desafios que se impõem à nação moçambicana.
Na ocasião pediu à participação de todos no processo de recenseamento eleitoral, que está a decorrer em todo o território nacional.
Para Tobias Dai, Ministro da Defesa, o 43º aniversário das FADM é de particular relevância, porque para além de acontecer num momento em que está a ser revista a lei do Serviço Militar Obrigatório, SMO, coincide com o fim do curso de preparação militar de 1000 mancebos, daí que o governante acredita que os jovens que ontem juraram à bandeira, ganharão uma inspiração especial para o cumprimento da sua missão.
Marcelino dos Santos, destacou a luta pela independência económica com sendo a actual prioridade.
A dado passo da sus alocução, Eduardo Mulémbwe, reconheceu que as actuais forças armadas de que o País dispõe, são na medida das possibilidades.
“O que temos é o ideal em função das nossas próprias condições. Uma coisa é aquilo que todos nós desejaríamos e outra é aquilo que o País pode. O quadro que adoptamos resulta Acordo Geral de Paz, AGP, são as condições que temos e oferecemos as nossas forças armadas, à medida que as circunstâncias vão gerar uma outra maneira de agir, aí sim o estado vai adequar às necessidades dum novo quadro”, disse quando comentava acerca do actual estado do exército moçambicano.
(Daniel Maposse) - MEDIA FAX - 26.09.2007