O governo de Moçambique assinou um contrato de 360 milhões de euros para o cultivo de plantas para uso energético, que lhe poderá assegurar a autonomia energética e promover a sua exportação.
No contrato com com a CAMEC (Companhia de Indústria Mineira e Exploração da África Central, com sede em Londres, o governo moçambicano comprometeu-se a produzir 120 milhões de litros de etanol e fertilizantes por ano e a cultivar plantas de uso energético, tais como eucalipto, mandioca, pinhão-manso e cana-de-açúcar, para mais tarde poder exportar biocombustível para o mercado internacional.
Moçambique consome actualmente cerca de 590 mil toneladas de petróleo diesel por ano. Uma vez atingida a sua independência energética, estará perfeitamente capaz de produzir combustível destinado à exportação.
O país usa para a cultivação de plantas energéticas 63,5 milhões de hectares, que equivale a 6,6 por cento do seu terreno arável. No entanto, Moçambique dispõe ainda de 41 milhões de hectares de terreno pouco fértil, não adequado para o cultivo de alimentos, mas que exige poucos investimentos se for utilizado na produção de plantas energéticas.
O ministro da Agricultura esclareceu que considera que os biocombustíveis, apesar de não substituírem os combustíveis petrolíferos, irão contribuir para uma redução considerável do uso dos recursos esgotáveis e para uma relativa independência face aos principais países produtores de petróleo.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 24.10.2007