A cidade da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, está neste momento a beneficiar de obras visando a reabilitação de estradas. Trata-se da primeira acção nesse sentido que acontece depois de mais de um século, patrocinada pelo Fundo nacional de estradas com um montante avaliado em 19 milhões de meticais, um trabalho que, entretanto, a qualidade das obras deixa muito a desejar, sobretudo na reabilitação dos lancis e drenos para as águas pluviais.
Maputo, Terça-Feira, 30 de Outubro de 2007:: Notícias
O presidente do conselho Municipal daquela cidade, que foi a primeira capital do país, Gulamo Mamudo, referiu que a reabilitação consiste na colocação de estruturas de pavet, ao longo das vias beneficiando neste momento três principais avenidas, cujo asfalto colocado há mais de um século praticamente já não existe, devido à falta de manutenção por quem de direito.
Mamudo referiu que as obras de colocação de pavet em curso na avenida da marginal deverão estar concluídas até Dezembro próximo. O arranque dos trabalhos na avenida do matadouro e central estão dependentes dos desembolsos graduais que serão feitos a favor das duas empresas que executam a empreitada, nomeadamente a Ceta e a Construções Oliveira.
Neste momento a circulação de veículos na Ilha de Moçambique está sendo efectuada com mais celeridade, devido às beneficiações efectuadas no pavimento das estradas por parte dos empreiteiros.
Para o próximo ano, de acordo com Gulamo Mamudo, estão previstos trabalhos de reabilitação com base em pavet, das estradas transversais naquela cidade insular, facto que vai melhorar ainda mais a circulação de veículos.
Entretanto, a nossa reportagem constatou que a reabilitação e construção de lancis, a cargo da empreiteira Ceta, que igualmente efectuou a terraplenagem das vias não está a decorrer dentro das previsões, ou seja, a qualidade das obras deixa muito a desejar.
Eusébio Siquela, director-geral da Administração Nacional de Estradas que há dias visitou a Ilha para acompanhar a execução daquela empreitada, não gostou do que viu, e de imediato instou os empreiteiros para a correcção dos erros constatados.
A construção de lancis não tem qualidade, uma situação originada pela poupança de cimento usado no revestimento. Os acabamentos dos drenos de água não são da melhor qualidade, o que poderá provocar a concentração de águas pluviais, comprometendo assim o período de vida útil do pavimento.
Soubemos, igualmente, que o fiscal da obra, a CONSULTEC, não tem estado, permanentemente, a fazer o seu papel em relação aos trabalhos executados sobretudo pela Ceta. Pelo facto, Eusébio Siquela instou a edilidade da Ilha de Moçambique no sentido de participar na fiscalização permanente dos trabalhos, para garantir o cumprimento do caderno de encargo pelos empreiteiros.