A reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) para Moçambique, no dia 27, incluirá o descerramento de uma lápide comemorativa no distrito de Songo (centro), onde se localiza o empreendimento, cultos religiosos e actividades culturais, indica o programa do evento.
Um dia antes da comemoração, o governo moçambicano fará a transferência para Portugal dos 700 milhões de dólares (477 milhões de euros), para passar a deter 85 por cento da HCB e o Estado português 15 por cento.
Actualmente, Moçambique controla apenas 18 por cento da barragem, enquanto Portugal tem o domínio dos restantes 82 por cento.
No âmbito do acordo de reversão da HCB assinado a 31 de Outubro de 2006 em Maputo, pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, Portugal já recebeu 250 milhões de dólares (168 milhões de euros). A soma total da transferência, depois da próxima tranche, atingirá 950 milhões de dólares (640 milhões de euros)
A proposta do programa da cerimónia de reversão da barragem, divulgada pelo Gabinete de Informação do gabinete da primeira-ministra moçambicana, Luísa Diogo, indica que Armando Guebuza vai descerrar uma lápide na manhã do dia 27, por ocasião da transferência da HCB para Moçambique.
Nessa mesma manhã, Guebuza orientará um comício no distrito de Songo, província de Tete, onde está implantada a hidroeléctrica, e no mesmo local serão realizados cultos religiosos por ocasião da cerimónia.
A festa contará com a presença do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, do ministro das Finanças português, Teixeira dos Santos, e de chefes de Estado e de governo da África Austral: Robert Mugabe, do Zimbabué, Levy Mwanawassa, da Zâmbia, Festus Mogae, Botsuana, Phumzile Mlambo-Ngcuka, vice-Presidente sul-africana, e o primeiro-ministro da Suazilândia, Barnabas Dlamini
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 23.11.2007