A Fundação Moçambicana Contra a Pobreza (FMCP) diz ter mobilizado para o país um grupo de investidores interessados na exploração do sector de biocombustíveis nos distritos de Meconta e Monapo, segundo deu a conhecer o patrono daquela instituição, Yaqub Sibind.
O projecto em alusão preconiza a ocupação de uma área de pouco mais de 30 mil hectares para a produção de milho, amendoim, jatrofa, bem como a criação de algumas infra-estruturas sociais, designadamente casas de habitação, escolas, unidades sanitárias, bancos.
Embora não tenha sido avançado o nome da empresa e os valores a serem aplicados, a nossa Reportagem teve acesso às imagens que sugerem que experiência similar está em execução e a ser bem sucedida sucedida em países como Tanzânia e Zâmbia, esta a ser bem sucedida.
O projecto, caso mereça o aval do governo, será implantado nos distritos de Meconta e Monapo, onde se acredita trará benefícios acrescentados às suas populações.
Todavia, Sibindy diz que a iniciativa de ter sido ele a mobilizar estes investidores não está a ser bem vista pela FRELIMO.
Tudo indica que o partido no poder julga que iremos trazer-lhe problemas de protagonismo, mas não é isso o que nos interessa. Queremos apenas complementar as acções do seu governo. referiu Sibindy.
Agostinho Trinta, primeiro secretário do Comité Provincial da FRELIMO, contra-ataca dizendo que não estamos contra nada. Se o senhor Sibindy quer tratar de assuntos económicos, deve fazê-lo em consonância
com o nosso governo, e foi o que aconteceu. Que eu saiba, os gestores deste projecto já foram recebidos pelo governo, a quem expuseram o que pretendem fazer. Por isso não vejo a razão da insistência da sua Fundação em intrometer-se neste assunto. Disse Trinta.
Em contacto com a Direcção Provincial de Agricultura, na pessoa do respectivo director, José Varimelo, ficamos a saber que existem intenções de um grupo de investidores em explorar a área de biocombustiveis em Meconta e Monapo.
De referir que os 30 mil hectares requeridos para a implantação do projecto de biocombustiveis equivalem à
extensão total dos dois distritos onde o empreendimento pretende situar-se.
Em tempos atrás, um grupo de empresários chineses haviam, também, solicitado igual extensão de terra ao
Centro de Promoção de Investimentos, cujo «dossier» aguarda, até à data, a avaliação do governo de Nampula.
WAMPHULA FAX - 30.11.2007