Em entrevista à revista XITIMELA, o Presidente do Conselho de Administração da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, Rui Fonseca, disse que a “concessão do Porto de Maputo é uma concessão completamente errada, ... é uma concessão imposta do exterior”.
Abordado pela nossa Reportagem para esclarecer algumas zonas de penumbras, Fonseca respondeu que “quero me reservar ao silêncio sobre essa matéria, quero que vocês respeitem o meu silêncio, sobre isso já falei muitas vezes, não vou voltar a falar sempre das mesmas coisas”.
Por sinal a questão é tão preocupante ao ponto do engenheiro Rui Fonseca já não querer falar à comunicação social. Na entrevista dada à publicação acima referenciada, na sua última edição de Agosto, dentre vários assuntos, Rui Fonseca diz que “a concessão do Porto de Maputo é uma concessão imposta pelo exterior, e que apresenta problemas graves de incumprimento dos acordos, carecendo de uma gestão transparente que siga modelos de gestão aceitáveis”.
Fonseca adianta ainda que a concessão do Porto de Maputo foi infeliz porque concessionou-se todo o porto a uma única entidade, o que é mau porque “os portos são constituídos por terminais e as concessões devem ser feitas por terminais.”
“O Porto da Beira é exemplar. Está dotado de uma excelente gestão, cumpre com os acordos de concessão e declara dividendos todos os anos”, concluiu, lamentando que o mesmo não acontece com o de Maputo.
Refira-se que o Porto de Maputo foi concessionado, em 2003, à Maputo Development Company (MPDC) e o da Beira à companhia Cornelder.
Ricardo Machava - O PAÍS - 08.11.2007
NOTA:
Se a concessão foi "imposta do exterior", onde está a "independência" de Moçambique? Quem decidiu aceitar esta imposição? Certamente não foi ao nível dos CFM. Alguém deverá explicar...
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE