Finalmente todos os documentos inerentes ao processo de reversão da hidroeléctrica de Cahora Bassa a favor de Moçambique já foram assinados entre a parte moçambicana e portuguesa. Neste momento, os ministros da Energia e Finanças dos dois países, bem como outras figuras, seguem em direcção ao distrito de Songo, província de Tete, onde está localizada a barragem para as “últimas cartadas”.
Logo às primeiras horas de ontem, o Centro de Conferências Joaquim Chissano registava uma movimentação enorme de figuras dos dois lados, moçambicano e o português. Mas logo cedo o cenário que vislumbrava naquele local deixou claro que o acordo seria alcançado depois de muito sofrimento.
Até às 20 horas nada ainda tinha sido alcançado. Ou seja, o processo arrastou-se até madrugada de hoje, por volta das três. A imprensa mantinha-se paciente do lado de fora, enquanto à porta fechada decorria o processo da assinatura.
Mas muito antes, por volta das 22 horas, o ministro da Energia, Salvador Namburete, havia deixado o Centro de Conferências para, segundo disse a jornalistas, ir trocar algumas impressões com o ministro das Finanças de Portugal, no hotel onde estava hospedado.
Uma hora depois, retornava ao local, Centro de Conferências Joaquim Chissano, onde se desenvolviam as negociações.
Por volta das 4 horas da madrugada de hoje, Salvador Namburete voltou a dirigir-se à imprensa para dizer que as negociações estavam interrompidas e seriam retomadas às 6 horas.
No regresso ao “palco das negociações”, depois do intervalo de duas horas, nesta manhã, Salvador Namburete deixou escapar algumas palavras: “...finalmente, o negócio já foi fechado”!
O PAÍS - 27.11.2007
NOTA:
Quando tudo dizia que era só assinar, paraece que ainda não estava tudo negociado. O que seria?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE