Guebuza experimenta três ministros em 34 meses
- Controvérsia sobre biocombustíveis pode explicar a queda de Muhate
Em 34 meses de governação, o Presidente da República, Armando Guebuza, produziu três despachos de nomeação de ministros para a Agricultura, o último dos quais esta segunda-feira, com o qual cessou funções o segundo nomeado, Erasmo Muhate. O agrónomo permaneceu apenas dez meses no cargo e foi recuperado de um processo de reforma compulsiva a que tinha sido aparentemente submetido por Tomás Mandlate, a quem substituíra, tendo agora subido à ribalta a terceira “cobaia”, o sindicalista Soares Nhaca, sobre quem se questiona: terá ele o perfil para superintender aquele pelouro nos moldes em que Guebuza pretende?
Porque foi Muhate afastado?
A exoneração esta segunda-feira de Erasmo Muhate está a suscitar dos mais variados comentários nos corredores daquela instituição e não só. Segundo fontes seniores do Ministério da Agricultura (MINAG) contactadas pelo SAVANA, a provável causa próxima do seu afastamento foi a exoneração extemporânea de oito directores e directores adjuntos da máquina de um dos ministérios mais complexos do país. Há duas semanas, Erasmo Muhate exonerou, de uma vez só, Arlito Cuco e Raimundo Cossa, director e director adjunto de Terras e Florestas. Adriano Chamusso (director) e Lúcia Luciano (adjunta) na área de Economia. No INCAJU, Muhate exonerou a respectiva directora, Filomena Maiópuè, e no PROAGRI mandou cessar funções o respectivo coordenador, Fernando Songane, irmão do ex-ministro da Saúde no governo de Joaquim Chissano, Francisco Songane. No Fundo Agrário, Muhate “arrumou” também o respectivo director, Carlos Mucavel, e a sua adjunta, Hermínia Pedro.
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