A ASSOCIAÇÃO dos empresários moçambicanos residentes na África do Sul acaba de chamar a si a responsabilidade de custear a reabilitação da estrada Pafúri – Mapai, numa extensão de 204 quilómetros, no quadro da sua comparticipação no combate à pobreza em Moçambique. As obras arrancam em Fevereiro próximo empregando um total de 160 pessoas (80 homens e igual número de mulheres), seleccionadas nas comunidades adjacentes àquela via.
Maputo, Segunda-Feira, 31 de Dezembro de 2007:: Notícias
De acordo com Silvestre Hlate, presidente da associação, a referida estrada estará dotada de uma portagem onde os utentes da via serão forçados a pagar uma taxa pela sua utilização, devendo o valor servir para custear despesas com a manutenção da via e pagemento de salários a todos os trabalhadores envolvidos na operação da estrada.
Muito recentemente representantes da associação foram recebidos em audiência pelo Presidente da República, Armando Guebuza, a quem foram entregar documentos emitidos pelas autoridades sul-africanas, que conferem legitimidade à existência da agremiação. No encontro, o grupo explicou ao Presidente da República todos os contornos do projecto da estrada Pafúri – Mapai, tendo, segundo Hlate, recebido garantias de apoio por parte do Chefe do Estado.
“Fomos dizer ao Presidente da República que estamos disponíveis a trabalhar e a dar o nosso contributo no combate à pobreza, e ele mostrou-se aberto e pediu-nos para pensar na possibilidade de abrir negócios em Moçambique. Apresentamos-lhe o projecto que temos com a estrada Pafúri – Mapai e ele mostrou-se satisfeito e aberto a ajudar-nos. Aliás, ele disse que ia orientar alguns ministros no sentido de articularem com a nossa associação na materialização do projecto”, explica o nosso interlocutor.
Segundo Hlate, a estrada Pafúri – Mapai é particularmente importante para o sector do turismo, pois através dele, gente proveniente da África do Sul pode chegar directamente a destinos como Mabote, Vilankulo, Chicualacuala, Mapai, entre outros.
“Não vou dizer quanto, mas posso garantir-vos que já temos dinheiro disponível para o projecto, além de que há muitas pessoas e empresas que já se manifestaram igualmente disponíveis a ajudar nos cedendo meios circulantes e outros materiais para as obras. Mais ainda, vamos empregar 160 pessoas residentes naquelas áreas (80 homens e 80 mulheres). Vamos instalar algumas portagens para nos permitir obter receitas para tornar a via sustentável. Temos muito apoio de associações de empresários sul-africanos...”, explica Hlate.
Ainda de acordo com ele, numa primeira fase as obras serão interrompidas no ponto de travessia do rio Limpopo, aguardando que haja disponibilidade financeira para se construir uma ponte. Com a estrada operacional, segundo projecções da associação, certamente que vão surgir várias outras iniciativas de investimento.
Paralelamente, a associação tem também o plano de investir na reabilitação de casas de banho da fronteira de Ressano Garcia e construir outros sanitários em vários pontos da cidade de Maputo, uma iniciativa que teve, igualmente, luz verde do Presidente da República.
A associação dos empresários moçambicanos residentes na RAS junta 38 membros, os quais estão ligados a actividades nas áreas de medicina, engenharia, panificação, transporte, construção civil, ramo alimentar, consultoria, entre outras.